segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sapinhos com toxinas podem ajudar no tratamento de Alzheimer (Postado por Danuza Peixoto)



Mais uma esperança para quem sofre ou tem um parente que sofre do Mal de Alzheimer, doença incapacitante e que suga a energia do cuidador.



Sapinho amarelo


O sapo amarelo (cujo nome científico não foi revelado pelo programa, pois provavelmente ainda não o recebeu*) pode conter uma toxina que poderá ser utilizada no tratamento de Alzheimer. Acredita-se que o sapinho amarelo possua essa toxina devido à coloração intensa amarela e que a toxina seja na verdade um mecanismo natural de proteção do anfíbio. O animal se cria na água das pequenas folhas das bromélias (a natureza é sábia e linda). E nas palavras dos pesquisadores, que falaram ao Globo Repórter:

“Pela coloração intensa dele, é bem provável que tenha uma toxina como mecanismo de proteção”, diz o biólogo Luiz Fernando Ribeiro, da UFPR. “São toxinas parecidas com a tetrodotoxina, e que pode ter uma aplicação muito útil no tratamento de doenças neurológicas, como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer.”

“Vocês não vão acreditar, mas eu achei um. Pus na mão, me distraí e ele pulou em cima da minha bota. Está paradinho aqui”, mostra o biólogo Marcos Bornschein, da UFPR.
“É um sapinho de montanha mesmo. Um sapinho escalador, um sapinho das nuvens”, analisa Luiz.

“Eles criam na água que acumula nas folhas da bromélia. Foi a água que eles tiveram que encontrar à medida que evoluíram nessas montanhas”, explica Marcos.

Sete horas depois da partida, em busca do sapo colorido do alto da montanha, os voltam. “Sucesso, sucesso total!”, comemora Marcos.

Um sapinho capturado vai para o laboratório da universidade. Ele é do tamanho de uma moeda de R$ 0,10. Imaginar que tem *espécies novas não catalogadas é incrível.

Abaixo está o vídeo do Globo Repórter mostrando os sapinhos amarelos.

domingo, 20 de novembro de 2011


Mal de Alzheimer: Novas perpectivas

2010-01-09 02:25
Novas drogas estão saindo dos laboratórios de ciência básica e  sendo investigadas em vários ensaios com seres humanos.
Uma das linhas de pesquisa mais promissora e interessante baseia-se na “Hipótese Amilóide”.

A hipótese é que a doença de Alzheimer inicia-se com a acumulação das placas amilóides (neuríticas) e assim sendo, se for possível impedir a formação dessas lesões, a instalação e a evolução da doença seria passível de ser retardada e até evitada.
DROGAS EM TESTE
AMPALEX FDA: FASE IIO glutamato é um aminoácido liberado pelos neurônios com propriedades excitatórias. Fixa-se em lugares específicos nos neurônios, receptores AMPA (alpha-amino2,3-dihidro-5methyl3-oxo-4-ácido isoxazolepropanóico). A estimulação dos receptores excitatórios neuronais é um grande passo na formação da memória. A droga modularia os receptores AMPA. Estudos preliminares demonstraram melhora cognitiva em idosos sem demência.
ALZHEMED FDA: FASE III
Objetivo: Evitar a formação e o depósito de amilóide.

ATORVASTATIN (LÍPITOR)FDA:FASE II/IIa/IIb
Objetivo: Evitar a formação e o depósito de amilóide.

BETA & GAMA - Secretase-Inibidores FDA: FASE pré- ClínicaObjetivo: São duas proteases que fracionam o Precursor da Proteína Amilóide. Diminuir a ação dessas enzimas diminuiria a produção amilóide e retardaria a evolução da doença.

CLIOQUINOL (iodochlorhydroxyquin)FDA: FASE II/IIa/IIb
Objetivo: inibe os íons Zinco e Cobre teoricamente diminuindo a produção de beta A4.

DAPSONE (AVLOSULFON)FDA: FASE  II/IIa/IIb

Objetivo: ação antiinflamatória. Diminuiria a progressão da doença.

ESTRÓGENO (PREMARIN) FDA: FASE IIIObjetivo: retardar o início da doença.

HUPERZINE- A – Não regulada pelo FDA – Erva Chinesa
Objetivo: Inibidor natural da acetilcolinesterase, mais potente que o tacrine e o donepesil. Além de melhorar a cognição teria efeito neuroprotetor.
MKC-231 FDA: FASE II/IIa/IIbObjetivo: Aumenta a concentração de colina e da acetilcolina liberada
NAPROXEN (NAPROSYN)FDA: FASE III
Objetivo: ação antiinflamatória

NEFIRACETAN FDA: FASE II/IIa/IIb
Objetivo: ativador colinérgico. Aumentaria a cognição.

NEOTROFIN ( AIT – 082 ) FDA: FASE II/IIa/IIb

Objetivo: agente nootrópico. Melhoria global da cognição.

NS2330 FDA: FASE II/IIa/IIb
Objetivo: aumentar a ação da acetilcolina, da noradrenalina e da dopamina.

PHENSERINE FDA: FASE II/IIa/IIb

Objetivo: Inibidor da acetilcolinesterase , inibindo a formação do Precursor da Proteína Amilóide.

ESTATINAS FDA: FASE II/IIa/IIbObjetivo: Alterar o metabolismo do Precursor da Proteína Beta amilóide reduzindo a formação da A4 . Também testa a ação antiinflamatória, reduz a oxidação das lipoproteínas atenuando o dano celular causado pelo “stress oxidativo”.

VALPROATO (DEPAKENE , ÁCIDO VALPRÓICO)
FDA: FASE IIIObjetivo: droga anticonvulsivante. Testa sua eficácia no controle da agitação em pacientes com doença de Alzheimer
IBUPROFEN (MOTRIN,ADVIL)FDA: FASE IIIObjetivo: Prevenir ou retardar o início da doença diminuindo o processo inflamatório cerebral relacionado com a formação das placas neuríticas.

LEUPROLIDEFDA: FASE II/IIa/IIbObjetivo: Melhoraria a cognição e diminuiria a progressão da doença. Modula a testosterona e o estrógeno que estariam relacionados com a formação da proteína TAU e da beta-amilóide A4. Aprovado para o tratamento de câncer de próstata.

MELATONINA- Não regulada pelo FDA – Proibida no Brasil
MILAMELINE –(CI 979)

FDA: FASE II/IIa/IIbObjetivo: Agonista muscarínico. Melhoraria a cognição. Parece ser bem tolerado.

CÉLULAS-TRONCO – UMA ESPERANÇA?

Existem várias avenidas de pesquisa mais promissoras na busca das respostas sobre a causa e o tratamento da doença de Alzheimer do que a terapia por células-tronco. Pode haver algum avanço nesse tipo de pesquisa mas os cientistas não acreditam que esse seja o melhor caminho a ser percorrido.As células tronco potencialmente podem ser capazes de reproduzir um único tipo de tecido, porém uma vez que na doença de Alzheimer múltiplas partes do cérebro estão comprometidas, é difícil crer que esse seja o caminho da cura no futuro. Não se pode esperar que dessa forma seja possível substituir os neurônios mortos, as outras células da arquitetura neuronal, e todos os subtipos neurobioquímicos que estão sediados em variadas formações celulares criticamente atingidos na doença de Alzheimer. Se bem que essa linha de pesquisa seja pouco promissora ,quando comparada com a linha que estuda os fatores genéticos, não se pode excluir e muito menos fechar os olhos para essa possibilidade uma vez que as células-tronco podem formar vários tipos de células que tem já demonstrado benefícios em pacientes com Acidente Vascular Cerebral, doença de Parkinson , diabetes, e distrofia muscular.

 
Alois Alzheimer


Leia mais: http://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/mal-de-alzheimer-novas-perpectivas/